Ressocialização de presos foi tratada na Cedecondh

A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) discutiu nesta terça-feira (13/4) a utilização de detentos do sistema prisional de Porto Alegre nos regimes aberto, semi-aberto e egressos dos presídios em empresas que prestam serviços no município. Manuel Feio da Silva, da Pastoral Carcerária Católica, apresentou trabalho que a CNBB da Região Sul vem realizando para a recuperação e ressocialização dos presos.

Silva disse que a principal função é a de promover a valorização e a dignidade humana além de difundir o Evangelho de Jesus Cristo. "A recuperação de um preso, muitas vezes, já é difícil, sem trabalho é quase impossível". Lembrou ainda que tramita na Câmara projeto do vereador João Carlos Nedel (PP) que prevê a obrigatoriedade de que 5% da mão-de-obra das empresas que participam das licitações da Prefeitura sejam reservadas a egressos do sistema penitenciário e presos dos regimes aberto e semi-aberto. "Essa medida, além de colaborar com a recuperação dos presos, beneficiará a sociedade".

O vereador Adeli Sell (PT) sugeriu a realização de um debate na TV Câmara e uma audiência com o prefeito José Fortunati, além de solicitar à Secretaria da Fazenda um cadastro das empresas que prestam serviço ao município. Por sugestão de João Bosco Vaz (PDT), será incluído no pedido uma lista das cooperativas que prestam serviço. Maurício Dziedricki (PTB) lembrou que o preconceito de egressos do sistema prisional é grave e sugeriu a ressocialização através de cursos técnicos. O presidente da Cedecondh, DJ Cassiá (PTB), observou que sentiu na pele a dificuldade que vive a população de periferia e revelou que dos seus amigos de infância e adolescência apenas quatro permanecem vivos.

A Cedecondh é presidida pelo vereador DJ Cassiá (PTB) e tem ainda como membros o vice-presidente Adeli Sell (PT) e os vereadores João Bosco Vaz (PDT), Maurício Dziedricki (PTB), Sebastião Melo (PMDB) e Toni Proença (PPS). Também participaram da reunião o vereador João Carlos Nedel (PP) e a representante da Susepe, Cíntia Leal.

Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)