A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) ouviu nesta terça-feira (27/4) os moradores da rua General Oliveira Freitas, bairro Menino Deus, que manifestaram descontentamento com a instalação de um abrigo residencial para 14 jovens e crianças em situação de risco.
Segundo relato dos vizinhos do prédio, o local pode ser classificado de depósito de crianças. Alegaram que não conseguem mais descansar e que além do barulho, foram constatados maus-tratos. Também disseram que o local não oferece espaço adequado às crianças, pois não possui pátio. Um dos moradores, Roberto Militão, disse que a rua onde moram possui 15 casas e é sem saída. Destacou que ali moram pessoas idosas, muitas das quais com doenças graves e que não conseguem o repouso necessário.
Já os representantes da Fasc explicaram que as crianças ali instaladas, além do lar, têm acesso à educação e que o objetivo é a reintegração na sociedade, livre dos traumas que tiveram na infância.
Ao final, os moradores aceitaram sugestão da comissão para que a Fasc apresente em 15 dias um estudo sobre a possibilidade de realocação dos internos para outro local. Também foi aceita sugestão do diretor técnico da Fasc, Mauro Vargas, para que os moradores conheçam a casa e as crianças e busquem uma convivência pacífica até a solução definitiva do problema. A casa está alugada por um período de 36 meses. A Fasc também se comprometeu a apurar a denúncia de maus tratos pelos educadores.
A Cedecondh é presidida pelo vereador DJ Cassiá (PTB) e tem ainda como membros o vice-presidente Adeli Sell (PT) e os vereadores João Bosco Vaz (PDT), Maurício Dziedricki (PTB), Sebastião Melo (PMDB) e Toni Proença (PPS). Também participaram da reunião o vereador Bernardino Vendruscolo (PMDB) e a presidenta da Associação dos Moradores do Bairro Menino Deus Alzira Ban.
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)
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