DEBATE SOBRE O FECHAMENTO DAS ESCOLAS ESPECIAIS

Vereador DJ Cassiá observando atentamente a Senhora Viviane Loss – Coordenadora de Educação Especial da SMED sobre o fechamento das escolas especiais.

O Vereador DJ Cassiá, Presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude – CECE recebeu no dia do Estudante, 11 de agosto do corrente, estudantes da rede de ensino de Porto Alegre, o Senhor Jorge Brasil – Presidente da casa de apoio ao Deficiente, Viviane Loss – Coordenação de Educação Especial da SMED, Maria da Graça Moraes – representante da ATEMPA, Claudia Freitas – representante da Escola Lígia Averbuck, professora Dinéia Pires – representante da Escola Tristão Sucupira Viana e integrante do Fórum de Inclusão Escolar, professora Marisa – Diretora da Escola Gilberto Jorge, Artur da Veiga – Secretário Geral da UMESPA, professores e alunos de diversas escolas para debater sobre o fechamento das escolas especiais.
Muitos segmentos da sociedade estão divergentes em relação às normas impostas pelo Conselho Nacional da Educação no que diz respeito à decisão de fechamento das escolas especiais por falta de verbas. Existe uma política maior do qual entende que a inclusão escolar de alunos especiais só se dará dentro da escola de ensino comum.
Porém, os trabalhos no dia a dia das escolas de ensino especial mostram o contrário, ou seja, os governos, a rede de ensino, a sociedade, os professores e alunos das escolas comuns ainda não estão preparados para essa mudança radical. A exemplo disso, digamos que uma criança especial, que dependa do uso de fraldas precisa ser trocada, o professor da rede de ensino comum vai interromper a aula para trocar a fralda dessa criança? Terá um assistente que fará isso para não interromper as aulas e com isso prejudicar os demais alunos? E quanto ao acesso as dependências das escolas para cadeirantes? E alunos portadores de deficiência visual? Como essas crianças estarão preparadas quanto ao preconceito que obviamente estarão sujeitas perante outros alunos? Como essas crianças deverão estar preparadas para o mercado de trabalho, já que a inclusão delas é garantida através de quotas para deficientes nas empresas, autarquias e fundações?
A cidade de Porto Alegre é referência em educação para pessoas portadoras de deficiência e possui em sua rede de ensino escolas especiais que trabalham com a questão da escola especial inclusiva. Nesse sentido se entende que a inclusão é necessária não somente para alunos portadores de deficiência, mas também para toda a população.
Diante do tema apresentado na Comissão, o Vereador DJ Cassiá propõe um encontro com a Presidente da Comissão de Educação do Congresso Nacional, Deputada Maria do Rosário para aprofundar a discussão, buscando ainda o apoio de entidades de classe, a Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre, deputados federais e senadores formando uma comissão representativa para marcar audiência pública com Ministro da Educação e saber a posição do Ministério quanto ao fechamento das escolas especiais, ampliando o debate não somente no Rio Grande do Sul, mas para todo o Brasil.

Jorge Lucas - Assessoria de Imprensa